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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Respeito

O que é a morte todos sabem. O fim de tudo? O nunca mais? A saudade eterna? A dor? Enfim...cada um  vê e sente como o é para si. É um olhar único.  Cada ser tem o seu.

Mas o que deve existir de forma idêntica para todos é o respeito aos sentimentos que cada um, na sua maneira de ver, no seu próprio modo de sentir,  manifesta.

O que dizer do luto? O sentimento de luto existe por você sentir  e lamentar a perda de alguém. E para lamentar a perda de alguém é preciso conhecer esse alguém...ou apenas saber da sua existência.

Cada um pode sentir a sua dor ou o seu lamento e por quem quiser.
Podemos sentir o luto,  para isso basta sentir e lamentar a morte de alguém.

Sim. Lamentamos a morte de um conhecido.
Luto.
Sofremos a morte de um parente.
Luto.
Choramos a morte de um amigo.
Luto.
Sentimos a morte de um famoso.
Luto.
Não admitimos a morte cruel de uma criança inocente que nem conheceríamos se não fossem os noticiários. 
Luto.
Emudecemos diante da morte de um grande amor.
Luto.
Sentimos dor pela morte dos incontáveis no holocausto.
Luto.
Sofremos pela morte dos famintos nos lugares miseráveis da terra.
Luto.

Toda perda é um luto pra quem sente a perda.
A perda de seja quem for que você queira sentir, sinta.
O luto é seu.

Não sejamos hipócritas!
Não vamos agora achar que só merecem o luto os mortos nas guerras,  nas epidemias,  nas misérias,  nos massacres,  nas chacinas,  nos becos , nos submundos...

Os famosos merecem o luto.
Os socialmente importante também.
Até aquele criminoso horrível,  mal caráter...pra sua mãe,  há luto.

Que haja liberdade pra se sentir o luto.
Seja pelo Nelson Mandela ou pelo Paul Walker , seja pelo tio,  por um irmão,  um amigo, ou pelo desconhecido do noticiário.

Claro que esse sentimento não é igual em todos os casos... nenhum luto é igual e tudo depende do que foi vivido com quem se foi...
mas que haja liberdade para que se manifeste o seu sentimento de luto...que possamos lamentar a morte de quem quer que seja sem ter que pagar por isso o preço do cerceamento da nossa opinião ou sentimento.

Liberdade do luto.

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