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domingo, 19 de abril de 2015

Tanto se fala dele...

O meu amor é puro. Por isso parece sempre ser o primeiro amor. E é...porque é a primeira vez que te amo. O coração não conhece datas ...nem ordem sequencial...apenas sente...e ama...e conhece e se encanta ou desencanta. O coração , os olhos, a pele , o corpo vai sentindo, vai amando, vai pedindo...vai querendo ser cada vez maior e melhor. E vai se ajustando, se acomodando. Querendo se ajeitar pra ficar pra sempre...e pede espaço, pede tempo, quer ocupar o lugar e se fazer presente nas mínimas e máximas coisas da vida, da rotina, do dia a dia . Esse amor puro e sincero, quer cuidar, quer dividir, aprender e somar. e ainda que saiba que vão haver diferenças ou problemas a serem superados, está disposto a ceder, a reconhecer, a entender o outro, a se colocar no lugar do outro, a calar, a falar...na certeza de que o outro assim da mesma forma o fará...e seguirão...vivendo o amor diário, o simples, o quente, o simples amor. Dizem que o amor é complicado...em tudo há um fundo de verdade....mas dizem também, que complicado é o modo de amar. Pois há conceitos, há o certo, há o errado. Há padrões, dogmas, conceitos e valores...não acredito nessa história de que todo amor vale a pena...acredito no amor que liberta, não o que aprisiona. Acredito no amor sincero e verdadeiro e puro...sem máscaras, sem vergonha de ser o amor que é. Acredito num amor livre. Acredito no amor que se permite existir e viver. Um amor com o qual se possa crescer e aprender...e se tornar um ser humano melhor para si e para o outro e para os outros. porque o amor pra ser bom...tem que ter verdade...tem que ser verdade. E nele não deve haver sombra de mentiras ou enganações. O amor não mente. A sua pureza o proíbe de mentir. Se mente, não é amor. é paixão...ilusão...sonhos em vão. Sonhos dos quais se acordarão e daí será tarde demais para mudar. O desejo de ter algo bom nos faz agir movidos apenas pela ausência do que há em nós.
E na necessidade de viver o que o amor verdadeiro pode dar, esquecemos por alguns momentos os dogmas, os conceitos, até mesmo a verdade...e nos deixamos levar apenas pelo simples sentimento de alegria e contentamento que esse amor nos proporciona...deixamos de ser nós mesmos e passamos a ser só aquele abraço ou só aquele beijo, ou só aquele afago nos cabelos ou carinho no rosto...deixamos de ser nossos valores, nossas responsabilidades...deixamos de ser o que acreditamos e passamos a ser o que desejamos do amor. E isso passa a ser vital. E como precisamos comer, beber água, sentimos falta desse abraço, do riso, das mãos, da pele, do olhar...e enlouquecemos sem...e perdemos a paz...por querer demais. E já não sabemos mais quem somos, já não nos reconhecemos, corremos como adolescentes apaixonados ao encontro um do outro, e nos escondemos e fazendo pequenas loucuras alimentamos esse sentimento que só quer crescer...mas fica a pergunta....crescer pra onde?...pq a minha vontade de vc , e a sua vontade de mim não tem fim..

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