O que somos ou fomos quando estávamos nesta fase tão instigante da vida?
Se pararmos pra pensar no que sentimos, fizemos, escondemos, corremos...enfim
Se pararmos pra pensar em quantas vezes a cena da porta do quarto se batendo e o mundo parecendo cair sobre os nossos ombros se repetiram em nossas vidas juvenis...
talvez precisemos avivar essa memória para podermos então encontrar uma forma de ao menos procurar compreender os nossos adolescentes. Amigos, sobrinhos, filhos, vizinhos, alunos...enfim.
Ninguém é igual a ninguém...mas parece que esse pessoal segue uma cartilha quase única para agir...com algumas variações , é claro.
Mas certo é...que nesta fase todos querem e pensam mais ou menos as mesmas coisas.
Todos dão início ao amadurecimento formal e lógico.
Todos passam a dominar a variância e a reversibilidade.
Se preocupam com o crescimento físico.
Preocupam-se com o sexo.
São fortemente idealistas.
Raciocinam, participam, discutem, agem.
São experimentalistas ( o que requer atenção especial). Experimentar-se para saber do que é capaz. Cabe aqui atenção sobre direitos e deveres.
Querem conhecer a própria personalidade.
Apreciam os comportamentos alheios, e o próprio.
Buscam auto-afirmação.
Valorizam o dinheiro.
Fase cheia de transformações e surpresas.
Com tanta mudança é fundamental, necessária, a movimentação, principalmente através de exercícios físicos e jogos esportivos.
A alimentação, o repouso e a higiene devem ser bem preservados.
Não só a higiene física, mas a mental também.
Nessa fase é importante começar a falar sobre as aptidões, conhecer as diversas profissões do mercado de trabalho.
Formar o senso sócio-moral e conhecer os princípios e valores que devem orientar o comportamento social.
Disciplinar os impulsos naturais para possibilitar melhor relacionamento na vida social.
É importante também, reconhecer a necessidade da responsabilidade social de cada um.
Ufa!!
Quase nada.
Mas , calma. Não é pra se assustar. Afinal de contas eles não farão tudo sozinhos....adolescentes podem e devem contar com a família pra sentir, viver, descobrir e organizar tudo isso. E o processo acontece naturalmente. Basta ninguém se anular de fazer a sua parte. O resto a vida se encarrega.
Certa vez ouvi:" A vida ensina...é como um rio....a criança cresce sozinha..."
Em alguns aspectos ...pode até ser...mas em outros...fundamentais...não. Pra você atravessar o rio com segurança é preciso construir a embarcação, ainda que ela seja apenas um pedaço de madeira no qual você vai se apoiar. Mas é preciso trabalho, ação, desenvolvimento.
E é muito importante que os pais, ou aqueles que exercem esse papel, estejam junto nessa construção, orientando, mostrando, apontando o que deve ser feito.
Ainda que muitas vezes não sejam ouvidos...mas o que eles precisam falar, deve ser dito.
Com carinho, com atenção, com cautela....com amor...como pais que são e como filhos adolescente, que um dia já foram.
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